Associação de Patinagem do Porto
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Infelizmente não existem, em profusão, fontes seguras que nos permitam, relatar, com fidelidade, a história da actual Associação de Patinagem do Porto desde os primórdios as sua existência, restando apenas à abordagem do tema uma sinopse breve.

Sabe-se que, desportivamente, a prática do hóquei em patins, ainda antes do aparecimento de uma instituição zeladora da "regulamentação" e do "enquadramento" administrativo-legal, esteve intimamente ligada a uma outra modalidade, também jogada com o stick e o mesmo tipo de bola : o hoje denominado hóquei, herdeiro da designação hóquei em campo, tendo até constituído parelha na então Liga Portuguesa de Hockey, tendo terminado esta união em Agosto de 1933 com a criação da Federação Portuguesa de Patinagem.

Para o desenvolvimento desta modalidade desportiva são indispensáveis recintos com características muito próprias.

Na cidade do Porto e a expensas de particulares, mas com o objectivo de servir o FC Porto é construído em 1914, junto ao campo da Constituição, um ringue que permite a prática de patinagem.

Um pouco mais tarde, em 1917, no Palácio de Cristal, surge um novo espaço e a expansão da modalidade, apesar de circunscrita à pequena e média burguesia, torna-se uma realidade.

A projecção da patinagem e do hóquei em patins, assim como a preocupação pelo estabelecimento das regras principais desta modalidade e a sua divulgação, constituem a razão pela qual o jornal Sporting, sediado no Porto, organiza em Junho de 1922, no Palácio de Cristal, uma Grande Festa de Patinagem. O público portuense toma conhecimento das regras elementares deste novo jogo através das páginas do referido jornal, com data de 10 de Junho de 1922.

Segundo registos da época o Estrela Vigorosa Sport apresenta a primeira equipa de hóquei em patins constituída na Invicta, decorre o ano de 1936.


Formam-na os seguintes elementos:
 José Pinto Bastos
 António Freitas Pinho
 Artur Teixeira de Moura
 Rui Monteiro Gonçalves
 José Gonçalves Ferreira

 


Em 1938 surge, no Porto, a comissão Instaladora da Associação de Hockey e Patinagem do Norte integrada pelos delegados dos quatro clubes fundadores:
 Académico Futebol Clube
 Associação Académica de Espinho
 Clube infante Sagres
 Estrela Vigorosa Sport


Tendo, nesse mesmo, ano organizado o I Campeonato Regional, sagrando-se incontestável vencedor o Estrela Vigorosa Sport.

Ainda em 1938 uma equipa de corridas do Estrela Vigorosa Sport vence a taça Alberto Ferreira. Nessa equipa pontificavam:

 António Pinho
 Correia de Brito
 Mário Gonçalves
 Rodrigo Correia


Em 1939 disputou-se o I Campeonato Nacional de Hóquei em Patins obtendo o Clube Infante de Sagres o 2º lugar, atrás do Sporting Clube de Portugal.

Desde 1938, ano da fundação da Associação de Hockey e Patinagem do Norte, como atrás ficou dito, instituição que tinha a seu cargo "... a organização e desenvolvimento dos desportos da Patinagem na sua área de jurisdição..." tem sido um nunca mais acabar de trabalhos e canseiras com o objectivo único de divulgar, promover, fortalecer e desenvolver não só, a modalidade rainha de Portugal que tem tantos e tantos momentos de glória e motivos de orgulho trouxe aos portugueses, tornando-se, muitas vezes, o elo de ligação, por excelência, entre o País e as Comunidades Lusíadas espalhadas pelos quatro cantos do mundo, mas também, por via do aparecimento de praticantes entusiastas, da patinagem artística e das corridas em patins, com a singularidade de alguns deles terem abraçado ambas as disciplinas com inegável sucesso.

Nos idos de 40 alguns dos escassos tópicos encontrados referenciando a nova modalidade em expansão dão nota das dificuldades económico-financeiras sentidas e do pouco apoio que suscita junto das entidades oficiais, nomeadamente do governo da nação através da Direcção Geral de Educação Física, Desportos e Saúde Escolar, porque é considerada "entretenimento de classes abastadas" fora, portanto, do alcance das bolsas menos afortunadas, o que não espanta dado o custo exorbitante do material utilizado: sticks, protecções, viseiras e equipamento de guarda-redes.

Mesmo assim os loucos dos patins não deixam de teimar em fazer crescer a modalidade nas suas três variantes.

Não se sabe ao certo, nas buscas efectuadas não se conseguiu tal desiderato, quando a vetusta designação: Associação de Hockey e Patinagem do Norte deu origem à que lhe viria a suceder: Associação de Patinagem do Norte, tendo sido infrutíferos todos os esforços levados a cabo no sentido de situar, no tempo, com precisão, esse marco importante da vida da Associação.

Em meados dos anos 40, mais precisamente em 10 de Agosto de 1945, aparece publicado no Diário do Governo a composição dos Orgãos Sociais da Associação de Patinagem do Norte, que, com a devida vénia a seguir se transcreve:

Assembleia Geral: António Figueiredo; Ramiro Marques de Queiroz; António Vieira dos Santos.
Direcção: Alexandre Samagaio, José David da Silva Amaro, Carlos Silva, Cândido Pinto, João Caetano Alves, José Porfírio Carvalho Júnior, Augusto António Flores.
Conselho Fiscal: José Fonseca Bastos, Armando Ribeiro, Amílcar Passos Baptista, Mário de Sousa Vieira, Armindo dos Anjos.
Conselho Técnico: Dr. Américo Volta, António Pinho, José Cabral de Matos, José Martins Ramos.


O que deixa perspectivar que a transformação que se tentou situar ocorre entre o ano da criação e 1945.

Dos quatro clubes de 1938 passa-se para os doze de 1942. A prática da patinagem, nomeadamente do Hóquei em Patins conhece um grande desenvolvimento na década de 50, por força da realização do Campeonato do Mundo de 1952 no Pavilhão dos Desportos, antigo e renovado Palácio de Cristal e começam a surgir as grandes referências do burgo conectadas com a modalidade, tais como: António Figueiredo, Manuel Soares, Correia de Brito, o campeoníssimo das corridas e exímio praticante de Hóquei em Patins.

Nos anos sessenta a Patinagem, tal como, duma certa forma, todo o Mundo Ocidental, transforma-se e transfigura-se. É tempo da renovação da luta por ideais de igualdade. É tempo de reflexão. É o tempo da assimilação das novas tecnologias aplicadas ao bem estar e ao conforto. É o tempo da abertura das mentes a novos conceitos e, também, é o tempo do envolvimento das massas nos destinos da vida comunitária.

Seguindo a tendência da década anterior, principalmente a partir de 1955, a Patinagem, paulatina e seguramente, começa a perder o seu ar aburguesado e aristocrático e franqueia as suas portas, sedentas de glória, ao comum dos mortais.

Evolução de clubes filiados da Associação de Patinagem do Norte:

 1954 16 Clubes
 1956 16 Clubes
 1958 18 Clubes


A partir de 1960 a APN toma a designação de Associação de Patinagem do Porto e continua o seu trabalho em prol da expansão da modalidade motivando Clubes e cativando Praticantes.
É interessante observar o número de Clubes inscritos na década de 60:

 1962 20 Clubes
 1964 21 Clubes
 1966 20 Clubes
 1968 18 Clubes


Os anos seguintes são de relativa estabilidade, embora subsistam os problemas de ordem financeira, que obstam a um desenvolvimento mais acelerado. No entanto a inauguração da Casa do Desporto, em 04-Mar-1972 veio permitir uma maior funcionalidade no aspecto administrativo.
Por curiosidade damos nota do número de Clubes que, então, faziam parte da família da Patinagem:

 1970 25 Clubes
 1972 20 Clubes
 1974 18 Clubes
 1976 23 Clubes
 1978 27 Clubes


A partir de meados dos anos 80 os principais pólos do Hóquei Patinado, a nível de Clubes, passam a situar-se a Norte do País, em virtude da influência crescente da APP, facto que era encarado com alguma apreensão pelo poder instituído na FPP, já que a supremacia, até então evidenciada pela nossa congénere de Lisboa, está seriamente ameaçada. Acontece, num total desrespeito pelo principio em que assenta o movimento associativo, consubstanciado na negação do direito de livre associação, a despótica decisão de criar a Associação de Patinagem de Aveiro obrigando clubes filiados na Associação de Patinagem do Porto a integrar a nova estrutura. Esta decisão teve o estranho condão de enfraquecer, duma assentada, a APP e a Associação de Patinagem de Coimbra. Atitudes como esta representam um sério revés na evolução.

Demonstrando coerência e um carácter digno dos maiores encómios a Associação Académica de Espinho, uma das mais carismáticas agremiações que á causa da Patinagem têm dedicado especial carinho e, uma das fundadoras da APP, não acata a controversa decisão, ficando impedida, por imposição superior, leia-se federativa, de praticar a modalidade. O caricato da situação é que os responsáveis, tanto da Associação de Patinagem de Aveiro, como os da Federação, preferem perder um Clube com a história e a tradição da AA Espinho a condescender com a sua filiação no Porto. E assim, Espinho ficou sem Patinagem ...

Após laboriosas e difíceis negociações envolvendo a FPP e a APP acaba-se por encontrar uma saída para a resolução do problema, dada a vontade do clube espinhense em querer continuar a praticar a modalidade no Porto. Procede-se, em Congresso, à discussão e aprovação da alteração regulamentar que vai permitir ultrapassar o impasse.

Eis o texto do artigo que veio, duma certa forma, repor a justiça:

"Artigo 19º - (Excepção à Regra da Filiação de Clubes )
d) – A localidade do Clube – tal como definida no corpo deste artigo e em função do local do seu recinto desportivo, nos termos da alínea f) do Artigo 18º - esteja situada a menos de 30 (trinta) quilómetros do limite da localidade da sede da Associação em que se pretende inscrever".

 


No final desta década, mercê dum maior cuidado e dedicação, a Patinagem Artística, após um período de alguma inércia, inicia uma lenta progressão reflectida não só no gradual aumento de praticantes, mas também graças aos resultados globais obtidos em provas de âmbito nacional pelos atletas representantes dos Clubes filiados na APP.

Apesar da tentativa, ainda que frustada, de enfraquecer a representatividade da Associação, esta redobra os esforços no sentido de alargar o seu campo de intervenção na área que lhe está adstrita e começam a proliferar novos focos de prática da Patinagem no Marco de Canaveses, Vila Boa do Bispo, Lousada.

Eis os números dos anos 80:

 1980 27 Clubes
 1982 32 Clubes
 1984 31 Clubes
 1986 20 Clubes*
 1988 23 Clubes
   * - Período da formação da AP Aveiro


Com o ritmo de filiações, a partir de 1993, mais ou menos estabilizado, acima dos 30 Clubes, representando um universo de mais de 2.500 praticantes devidamente federados, a APP cumpre um dos seus mais caros deveres: proporcionar a competição regular durante toda a época desportiva.

De referir as várias tentativas levadas a efeito para se alcançar a reintrodução da prática das corridas de patins, materializadas nas várias acções de captação e formação, tanto de juizes, como de técnicos, mas, infelizmente, embora em provas abertas o entusiasmo tenha sido significativo, com o aparecimento em massa de jovens, ainda não se conseguiu a adesão de, pelo menos, um Clube a esta variante da Patinagem.

Continuaremos os nossos esforços ...

De 1990 a 1998 o número de Clubes que formam a enorme família dos patins, é o seguinte:

 1990 23 Clubes
 1991 25 Clubes
 1992 27 Clubes
 1993 29 Clubes
 1994 31 Clubes
 1995 31 Clubes
 1996  35 Clubes
 1997 32 Clubes
 1998 32 Clubes *
   * Inscrições até 18-Ago-1998


À laia de conclusão importa realçar, também, os eventos internacionais levados a cabo no distrito, mais propriamente na cidade do Porto, apenas nestes últimos 9 anos, fruto do empenho dos Executivos e envolvimento autárquico:
 Camp. do Mundo de HP - 1991
 Camp. da Europa de PA - 1992


É rica a história da APP? Por certo. Poder-se-á, até, com este contributo e a possibilidade de se encontrar fontes mais abrangentes e credíveis, pensar-se na edição de um livro que retracte o manancial de episódios pela poeira do tempo e deixar para a posterioridade a realidade de uma modalidade que tem vivido da paixão que tem vivido da paixão dos que, um dia, a descobriram como complemento e formação de jovens.

 
 
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